À medida que o cultivo de safras lucrativas na América do Sul e Central cresceu no século XIX, muitos proprietários de terra encomendaram “retratos” de suas fazendas ou haciendas. Destinadas a refletir sua própria riqueza e seu status, estas obras também descreveram a abundância de recursos naturais disponíveis. Essas pinturas bucólicas muitas vezes minimizavam os aspectos da produtividade, ignorando o trabalho árduo – frequentemente realizado por escravos – necessário para cultivar e realizar colheitas lucrativas. “A Florada” é uma das seis pinturas encomendadas pelo latifundiário e agricultor brasileiro Eduardo da Silva Prates, o Conde de Prates, para documentar os diversos processos envolvidos na produção de café em sua fazenda Santa Gertrudes.